Fitopatológico
Herbário Virtual
Culturas | Pêssego
PODRIDÃO PARDA
A podridão parda é a principal doença das frutas de caroço e afeta diretamente a produção e pode causar perdas severas, caso não sejam tomadas medidas adequadas de controle. Isso acontece porque esse fungo causa danos na flor do pessegueiro, e por consequência, essa flor não vira o fruto.
Hospedeiro
Prunus persica L.
Agente etiológico
Fungo: Monilinia fructicola
Sintomas
A infecção começa durante a fase de floração, infectando os capulhos florais, ocasionando a necrose das anteras, prosseguindo para o ovário e pedúnculo. As infecções podem se estender internamente até o ramo, resultando no desenvolvimento de cancros, anelando-o e consequentemente ocasionando a morte da parte terminal. Flores infectadas murcham, tornam-se marrons e
fixadas ao ramo por uma goma. Frutos infectados apresentam o
desenvolvimento de lesões pequenas pardacentas que evoluem para manchas marrons com a colonização dos tecidos vizinhos pelo fungo. Frutificações acinzentadas das estruturas do patógeno são facilmente vistas no campo, sobre a podridão. Frutos maduros infectados pelo patógeno podem apresentar podridão visível dentro de 48 horas. Infecções quiescentes podem ocorrer nos
frutos verdes, mas sua manifestação ocorrerá durante a maturação, a menos que os frutos sejam lesionados por insetos ou granizo.
Manejo
Os fungicidas devem ser aplicados quando partes suscetíveis da flor são expostas e antes ou tão logo depois da ocorrência de períodos de molhamento e temperatura favorável à infecção. O controle dos insetos-praga que ocasionam ferimentos nos frutos e atuam como vetores é essencial para o controle efetivo da podridão parda. Práticas culturais como a poda de limpeza de inverno com a remoção dos frutos mumificados, capulhos florais, ramos doentes devem ser queimados, reduzindo o nível de inóculo. Práticas que reduzem o estresse por meio de adubação adequada e equilibrada evitando o excesso de nitrogênio, o déficit de potássio e evitar a falta de água no solo (Ogawa et al., 1995).
Fontes
https://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Pessego/PessegodeMesaRegiaoSerraGaucha/doenca.htm