Fitopatológico
Herbário Virtual
Culturas | Videira
ANTRACNOSE
A antracnose, também conhecida como varíola, varola, ou “olho-de-
passarinho”, é uma das mais importantes doenças da videira. O patógeno ataca todos os tecidos verdes e jovens da videira, ocasionando perdas que podem chegar a 100%, caso medidas adequadas de controle não sejam tomadas.
Hospedeiro
Vitis vinifera
Agente etiológico
Fungo: Elsinoe ampelina (de Bary) Schear, forma sexuada de Sphaceloma ampelinum de Bary
Sintomas
O fungo ataca todas as partes verdes da videira, como folhas, brotos, hastes e gavinhas. Nas folhas, pequenas manchas de coloração marrom se desenvolvem na lâmina superior. À medida que aumentam elas ficam irregulares e seu centro fica gradualmente cinza e necrótico. Eventualmente, o tecido morto cai, criando um efeito de buraco de tiro. O mesmo tipo de mancha e lesões aparece nas hastes e brotos, que podem circundá-los, resultando na formação de cancros e morte gradual. Nos frutos, também se desenvolvem manchas pequenas, redondas e roxas. Elas aumentam gradualmente, ficam afundadas e acinzentadas com margens marrons. À medida que cobrem a casca, as bagas murcham, podem cair ou ficar mumificadas no cacho.
Manejo
O manejo pode ser feito de modo preventivo como plantar variedades mais tolerantes, escolher locais com exposição solar adequada e uma boa circulação de ar, monitorar as videiras e remover frutos ou partes da planta que apresente sinais da doença e remover resíduos vegetais infectados do vinhedo ou cobrir os mesmos com terra. Pode ser feito o controle biológico com a aplicação de enxofre e cal líquidos ou pulverização de cobre no início da primavera e antes da brotação. Também pode ser utilizado o controle químico com os pesticidas registados para a cultura.
Fonte
https://plantix.net/pt/library/plant-diseases/100134/anthracnose-of-grape
KIMATI, H.; AMORIM, L.; REZENDE, J.A.M.; BERGAMIN FILHO, A. & CAMARGO, L.E.A. ed. Manual de Fitopatologia. Volume 2. Doenças das Plantas Cultivadas. 4ª Edição. Editora Agronômica Ceres Ltda. São Paulo. 2005. 666p.
Imagens: Mauricio Sangiogo